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#FLAGvox | 4 Formas de Treinares o teu Cérebro para Destruir as Brancas Criativas

Criatividade sob a perspetiva de Afonso Malheiro.

 

Todos conhecemos esta história:

Começamos cheios de “pica” e com a segurança de que, durante gerações, vão escrever centenas de artigos na Marketeer sobre a nossa criatividade, falando dela como se fosse o pé esquerdo do Messi e o direito do Ronaldo num só.

Mas, 2 horas depois, sentimos que não tivemos ideias decentes e engordamos 1kg – porque procrastinação e Häagen-Dazs é melhor do que só procrastinação.

Para evitares esta agonia, chegares mais depressa a ideias decentes e não teres de aprender o que é “défice calórico”, “jejum intermitente” ou, Deus nos valha, uma passadeira…

Vê se uma das ideias abaixo te ajuda a desbloquear a tua criatividade.

Comigo, funcionaram.

 

1. Dá Rotina ao teu Cérebro

O maratonista só corre 42km porque treinou durante anos.

Eu, se fosse correr a maratona amanhã, despedia-me hoje da minha família.

Porque o meu corpo não está rotinado para esse tipo de esforço.

Então porque é que, sem rotina, achamos que o nosso cérebro está pronto para ter ideias?

Nada vem sem treino.

Seja qual for a tua área (copywriting, social media, ou, Deus nos valha, design gráfico ou paginação), pratica sempre que puderes.

Se a agenda tem as reuniões que o chefe marcou que podiam ser emails, também pode ter o teu tempo criativo.

Aproxima-te tanto quanto conseguires de uma rotina diária: um espaço de tempo (30 minutos ou mais), dedicado a teres ideias para o teu projeto.

Pode ser às 5 da manhã, às 2 da tarde, desde que exista.

Gradualmente, o teu cérebro vai ganhar o hábito de ter ideias.

Porque o preparámos para isso.

 

2. Dá-lhe Inspiração

Cria um “swipe file”.

Uma pasta no teu PC/telemóvel, rede ou app favorita, que vai conter o “best of” das tuas referências criativas.

Eu, por exemplo, como produzo conteúdo cómico, guardo todos os memes de marketing digital que me fazem rir e organizo-os numa pasta, que consulto quando preciso de um “empurrãozinho criativo”.

Desta forma, nunca começas a pensar no vazio: entre criações antigas e o “swipe file”, vês vários caminhos possíveis que te orientam.

 

3. Não o Asfixies

Em 2011, um senhor chamado Frank Mir deu por si a ser atacado por um minotauro, que o começou a asfixiar.

Tudo normal até aqui. Era um combate da UFC, contra um antigo campeão do mundo que, para os amigos era o António Rodrigo, para a babysitter era o Sr. Nogueira, mas para o mundo do desporto, era o “Minotauro”.

Ser privado de ar, cortesia de um mestre de jiu-jitsu é, no mínimo, asfixiante.

Mas 60 segundos depois, Frank Mir estava liberto, a respirar e com o árbitro a levantar-lhe a mão em vitória.

O “Minotauro” estava no chão. Com o braço partido.

Como é que o Tio Frank saiu da alhada?

Em vez de pensar em ganhar a um dos melhores de sempre da pior posição possível (“estou preso e a ficar sem ar), ele partiu a tarefa (ganhar) em peças muito pequenas:

Virar a cabeça para conseguir respirar.

Controlar os pulsos do homem que o está a tentar asfixiar.

Encontrar o momento certo para virar as ancas e tentar levantar-se.

E por aí fora, até ele próprio ter o seu adversário num golpe de submissão.

Mas, dentro da sua cabeça, fê-lo um micro-passo de cada vez.

Nas palavras do próprio: “Thinking of winning is too many steps. It’s overwhelming”.

Moral da história: focar em projetos grandes asfixia a tua criatividade. Concentra-te em pequenas tarefas diárias.

Projetos grandes são como ter de passar pelo deserto inteiro até vermos água. Não é a situação mais encorajadora para o trabalho criativo, já difícil por si só.

Não penses em 500 páginas escritas até ao fim do ano.

Pensa em escrever uma hoje.

 

4. Elimina a Pressão

O nosso cérebro não faz entregas instantâneas.

Não é assim que funciona.

Pensa no teu cérebro como o sapo dos Looney Tunes que é um cantor genial, mas que só canta sozinho. Com plateia, com pressão, é só um sapo a coaxar no silêncio confrangedor.

Esta é a razão para termos ideias no duche ou a ir passear: não há distrações e não há pressão.

Analisa quais são estes “momentos sem pressão” em que tens mais ideias, toma nota e pensa como podes integrá-los na tal rotina que começaste a construir.

 

Um dia, espero ler sobre ti na Marketeer enquanto como o meu Cookies & Cream. Boas criações!

 

Este artigo de opinião faz parte do eBook FLAG “Criatividade em Perspetiva, que reúne, página a página, reflexões e ensaios profundamente enriquecedores de diversos profissionais sobre as multifacetadas dimensões da Criatividade.

Faz o download do eBook gratuito aqui.