fbpx

#FLAGvox | Formação e desenvolvimento de competências: Do passado ao futuro

O diretor da FLAG, Gabriel Augusto, partilha, na 1.ª Pessoa, o que mudou em 32 anos na área da formação.

Há trinta e dois anos, quando a FLAG é fundada, a formação era dominada por métodos expositivos, concebidos para grupos e com pouca margem para individualização. A aprendizagem acontecia num formato rígido, alicerçado em aulas presenciais e conteúdos padronizados. Apesar de termos sempre concebido, organizado e desenvolvido de forma consistente ações de formação, workshops e sessões de informática técnica com reconhecida qualidade, ao nível do Design Gráfico e Criatividade, Marketing Digital, e Desenvolvimento para Web, este eram conceitos ainda pouco conhecidos, direcionados essencialmente para um público de nicho, ciente do que estava já em empreendimento.

Com a chegada do eLearning, surgiu uma nova dinâmica. Os formandos passaram a aceder a materiais de forma mais flexível, no seu próprio ritmo e fora das limitações do espaço físico. Mais tarde, com o Live Training, foi possível avançar-se para uma interação síncrona em ambiente online, que eliminou barreiras geográficas e promoveu uma aprendizagem em tempo real que liga pessoas e conhecimentos em diferentes pontos do mundo. E, na FLAG, com mais 30 mil horas de formação Live Training, desde a sua adoção em 2014, podemos aferir a nossa antecipação de temas nesta área.

Por exemplo, atualmente, estas metodologias convivem com abordagens tradicionais, enquanto o foco se desloca para um modelo mais personalizado, que adapta a formação às necessidades, ao ritmo e à forma de aprender de cada indivíduo.

Estamos totalmente cientes de tal, como demonstra o nosso apoio a mais de 130 eventos, conferências, festivais e workshops ao longo destas décadas. Uma forma de contribuir para o desenvolvimento e partilha de conhecimento junto das comunidades criativas.

Ora, esta variedade experimentalista permite-nos, agora, olhar de forma confortável e otimista para a Inteligência Artificial (IA), um dos grandes catalisadores de toda a transformação que se tem vindo a verificar.

O que vemos, então? As ferramentas baseadas em IA analisam padrões de aprendizagem, identificam lacunas e ajustam os conteúdos em tempo real, criando uma experiência hiperpersonalizada. Este avanço transforma a aprendizagem num processo dinâmico, onde cada formando recebe o que mais necessita para alcançar o máximo potencial. Além disso, tecnologias como a realidade aumentada ou simulações imersivas tornam o desenvolvimento de competências mais prático, envolvente e alinhado com os desafios reais do mercado.

No entanto, estas mudanças tecnológicas levantam questões sobre o futuro do trabalho e da aprendizagem. Com o avanço da automação, muitas competências técnicas outrora essenciais tornaram-se redundantes, sobretudo em funções de perfil inicial. Esta realidade ameaça as carreiras tradicionais, em que os primeiros anos no mercado de trabalho eram vistos como uma etapa crucial para o desenvolvimento de competências. Funções repetitivas e tarefas rotineiras, agora delegadas a sistemas de IA, podem dificultar a entrada e progressão de novos profissionais.

Esta disrupção exige uma redefinição das prioridades formativas. É um desafio que encaramos com confiança, assumindo sempre o papel de moldar futuros profissionais da área e impactar milhares de profissionais nos mais variados setores. O que resulta numa grande confiança depositada na FLAG, como refletem os indicadores da nossa atividade: mais de 30.000 formandos, com mais de 300.000 horas de formação, sempre com foco na qualidade e na inovação.

Fruto da nossa experiência, sabemo-lo, a ênfase deve recair em competências que complementem a tecnologia, como pensamento crítico, criatividade e inteligência emocional. Estes atributos, intrinsecamente humanos, têm o poder de diferenciar profissionais num mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Paralelamente, a formação contínua emerge como um imperativo, não apenas para acompanhar a evolução tecnológica, mas também para garantir que o desenvolvimento de competências se mantenha relevante num mundo em constante transformação.

À medida que a IA redefine o panorama da formação e do trabalho, uma abordagem colaborativa entre humanos e máquinas será essencial. O futuro da formação não será apenas sobre o que aprendemos, mas como nos preparamos para enfrentar a mudança, com agilidade, resiliência e um olhar atento para o que nos torna únicos enquanto seres humanos.

Em tudo isto, e ao longo deste período, a FLAG tem-se assumido como uma referência no mercado da formação para particulares e empresas. O nosso passado e presente falam por nós. Estamos prontos para o futuro, pois o futuro já se encontra entre nós.

 

Artigo de Opinião em: Briefing | Texto de: Gabriel Augusto