ebook DP posthor blog EA #FLAGvox | Das Grutas de Lascaux à Inteligência Artificial: Como chegámos aqui?

#FLAGvox | Das Grutas de Lascaux à Inteligência Artificial: Como chegámos aqui?

A viagem do Design, desde as primitivas representações nas grutas de Lascaux até ao uso avançado da Inteligência Artificial nos dias de hoje, é uma história sumarenta de evolução artística, tecnológica, política e filosófica. Este percurso reflete a capacidade humana de transformar ideias em expressões visuais que não só comunicam, mas também moldam o pensamento e a cultura da Humanidade.

 

As pinturas rupestres nas grutas de Lascaux, datadas com 17.000 anos de existência, representam alguns dos primeiros exemplos de Design e expressão artística. Estas imagens, que retratam animais e figuras humanas, não eram apenas manifestações criativas, mas também uma forma de comunicação e narrativa visual. Estes primeiros artistas usavam pigmentos naturais e técnicas rudimentares para capturar o mundo que os rodeava, dando início à fabulosa história do Design como uma ferramenta para contar histórias e registar a experiência humana.

Com o passar dos séculos, a Arte e o Design evoluíram em resposta às mudanças sociais, culturais e políticas. Durante o Renascimento, Leonardo da Vinci ou Michelangelo exploraram novas técnicas de perspetiva e anatomia, redefinindo o design como um estudo do mundo natural e da figura humana. Este período marcou o início de uma era onde a Arte e a Ciência começaram a convergir, lançando as bases para o Design moderno.

No entanto, foi com a Revolução Industrial, no século XVIII, que o Design começou a tomar uma forma mais definida como disciplina. A mecanização e a produção em massa criaram a necessidade de um design que fosse funcional e estético, ao mesmo tempo que atendesse às exigências da nova economia industrial. Este período viu o nascimento do Design Gráfico, com o desenvolvimento de novos tipos tipográficos, técnicas de impressão, e do design de produto, focado na criação de objetos utilitários que todos poderiam usar.

À medida que o século XX avançava, movimentos artísticos como o Modernismo, o Brutalismo e a Bauhaus revolucionaram o design ao defender a ideia de que “a forma segue a função”. Artistas e designers como Walter Gropius, Le Corbusier e Mies van der Rohe promoveram a simplicidade, a funcionalidade e a rejeição do ornamento excessivo, princípios que continuam a influenciar o design até hoje.

Com o advento do digital, o design entrou numa nova era. As décadas de 1980 e 1990 trouxeram o desenvolvimento de ferramentas digitais como o Adobe Photoshop e o Adobe Illustrator, que revolucionaram a forma como os designers criavam e manipulavam imagens. A transição do analógico para o digital permitiu uma maior precisão, flexibilidade e rapidez no processo de design, tornando possível a criação de gráficos complexos e layouts detalhados com facilidade.

Nas últimas décadas, a inteligência artificial (IA) emergiu como a próxima grande fronteira no Design. Ferramentas de IA, como geradores de arte e sistemas de design assistido, estão a redefinir o papel do designer. Algoritmos de machine learning podem agora analisar grandes volumes de dados e gerar designs personalizados que atendem às necessidades específicas dos utilizadores. Esta tecnologia não só aumenta a eficiência, mas também abre novas possibilidades criativas, permitindo a exploração de estilos e soluções que seriam impossíveis de alcançar de forma manual.

Um exemplo notável é o uso de redes neurais generativas (GANs) na criação de arte e design. Artistas e designers podem agora colaborar com máquinas para explorar novas estéticas e criar obras que misturam a criatividade humana com a capacidade computacional. No entanto, este avanço também levanta questões filosóficas e éticas sobre o papel do criador no processo de design e os limites entre a criatividade humana e a artificial.

Ao longo da história, o design também tem sido profundamente influenciado por correntes filosóficas e políticas. O movimento Arts and Crafts, liderado por William Morris no final do século XIX, surgiu como uma reação à industrialização desenfreada, defendendo a autenticidade, a qualidade artesanal e a integração da arte na vida quotidiana. Este movimento marcou o início de uma reflexão mais profunda sobre o impacto social e ético do Design, questões que continuam a ser relevantes hoje.

No século XX, o design tornou-se um campo de batalha para ideologias políticas. Na União Soviética, o Construtivismo usou o Design como uma ferramenta de propaganda, enquanto na Alemanha nazi, a estética do Design foi manipulada para promover a ideologia do regime. Estes exemplos mostram como o design pode ser usado tanto para inspirar como para oprimir, refletindo as tensões políticas e sociais da época.

Na atualidade, a sustentabilidade e a responsabilidade social emergem como os novos desafios do design. Designers como Victor Papanek, autor de “Design for the Real World” defendeu um design responsável e sustentável, permitindo inspirar gerações a repensar o impacto ambiental e social das suas criações. Hoje, o design sustentável não é apenas uma tendência, mas uma necessidade, com os designers a procurar soluções que minimizem o impacto ambiental e promovam a equidade social.

Desde as primeiras representações nas grutas de Lascaux até à inteligência artificial, a história do Design é uma narrativa de constante evolução, moldada por movimentos artísticos, avanços tecnológicos, e mudanças políticas e filosóficas. Cada etapa deste caminho fez com que o Design seja uma trave-mestra do desenvolvimento da Humanindade.

Mas nunca esquecer: o Design, em todas as suas formas, deve sempre servir as necessidades humanas.

A história do Design não é apenas uma timeline de estilos e técnicas, mas sim uma reflexão contínua sobre quem somos e o que queremos alcançar.

 

Artigo de opinião escrito por Eduardo Antunes

Este artigo de opinião faz parte do eBook FLAG “Design em Perspetiva – As Múltiplas Facetas do Design” que reúne reflexões e ensaios de 14 profissionais que partilham as suas perspetivas sobre o papel do design na sociedade atual e futura.

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ebook DP posthor blog GA #FLAGvox | Do Visual ao Estratégico: Como o Design se Mantém Centrado nas Pessoas

#FLAGvox | Do Visual ao Estratégico: Como o Design se Mantém Centrado nas Pessoas

O design não é apenas aquilo que vemos, mas também como interagimos com o mundo à nossa volta. Desde o ecrã do smartphone até às estratégias empresariais, o design transformou-se e continua a evoluir, sempre centrado nas pessoas. Ao longo do tempo, as várias esferas do design expandiram-se, mas mantêm um princípio comum: melhorar a vida das pessoas, seja através da funcionalidade, da estética ou da experiência.

 

Se no início o design era visto principalmente como visual, hoje compreendemos que todas as suas vertentes – do gráfico ao de interação, do industrial ao estratégico – estão interligadas e partilham este mesmo objetivo. O design gráfico, embora focado no visual, continua a desempenhar um papel essencial no design de interação, onde a interface de utilizador deve ser tanto funcional como estética. O design thinking, uma metodologia focada na resolução de problemas complexos com empatia e experimentação, vai além do visual para se aplicar ao desenvolvimento de produtos, serviços e estratégias empresariais. Todas as áreas do design fazem parte de uma abordagem holística, onde a compreensão das necessidades humanas é o fio condutor.

Ao reconhecer estas interligações, os designers conseguem abordar os seus projetos de forma mais integrada. Um designer gráfico que se envolve no desenvolvimento de interfaces digitais traz consigo uma base importante sobre como o visual comunica com o público. Da mesma forma, designers de interação que incorporam elementos de design gráfico ou industrial criam soluções mais completas e eficazes.

Um exemplo desta interligação é a evolução do UX e UI design. Os produtos da Apple são conhecidos pela sua estética apelativa e funcionalidade intuitiva. Steve Jobs, que valorizava profundamente o design gráfico e industrial, procurou sempre equilibrar beleza visual e usabilidade. Cada detalhe, desde a suavidade dos dispositivos até à fluidez das animações, reflete esta união. Mas o sucesso dos produtos da Apple vai além de um design visualmente agradável; ele é fruto de um foco constante nas necessidades dos utilizadores e na simplificação das suas experiências. A integração entre o design gráfico, de interação e industrial revolucionou a indústria tecnológica.

Enquanto a Apple exemplifica a fusão de diferentes vertentes no setor tecnológico, também no setor público o design centrado no humano gera transformações. O Programa Simplex+, do governo português, é um exemplo. Criado para combater a burocracia e melhorar a eficiência dos serviços do Estado, o Simplex+ colocou o cidadão no centro da mudança. Através da digitalização de processos como o Cartão do Cidadão e o Portal do Cidadão, simplificou-se o acesso a serviços como a renovação de documentos ou a submissão de impostos. Estas inovações reduziram drasticamente a necessidade de deslocações às repartições públicas, mostrando como o service design pode resolver problemas e melhorar a experiência dos utilizadores.

No entanto, esta expansão do design só é eficaz quando mantemos o foco no fator humano. A empatia – a capacidade de se colocar no lugar do outro – é a base de um design bem-sucedido, seja ao criar uma aplicação móvel ou ao desenvolver um serviço estratégico. Os designers são, no fundo, solucionadores de problemas, e os problemas que resolvem são quase sempre problemas humanos.

Como aplicar este princípio de empatia em diferentes setores?

Na área da saúde, o design de interação tem sido crucial para criar sistemas de gestão hospitalar mais intuitivos, como plataformas que facilitam a marcação de consultas e a comunicação entre médicos e pacientes. A aplicação SNS 24, por exemplo, permite aos cidadãos acederem a serviços de saúde online, como teleconsultas e renovação de receitas, reduzindo a burocracia e melhorando a experiência dos utentes.

Outro setor onde o design centrado no utilizador tem tido impacto é a banca. Com o crescimento dos bancos digitais, as empresas investiram em interfaces mais simples, transparentes e intuitivas, reduzindo a fricção em processos bancários. O ActivoBank, em Portugal, é um exemplo de como uma interface clara e eficiente pode oferecer uma experiência mais acessível e descomplicada, eliminando a necessidade de interações presenciais para a maioria dos serviços bancários.

Estes exemplos mostram que, em qualquer setor, a compreensão profunda do utilizador e a colaboração entre diferentes vertentes de design são essenciais para criar soluções eficazes. Um bom designer, independentemente da sua especialização, não pode ignorar a importância de compreender o comportamento humano, de testar soluções com base no feedback dos utilizadores e de colaborar com outros profissionais para criar resultados integrados. O objetivo final do design, seja ele gráfico, de interação ou estratégico, é sempre o mesmo: facilitar, inspirar e melhorar a experiência humana.

À medida que o campo do design se expande e se transforma, as oportunidades para os designers são cada vez maiores. Para prosperar neste cenário, os designers precisam de ser curiosos, inovadores e, acima de tudo, empáticos. A verdadeira revolução no design acontece quando conseguimos unir a estética, a funcionalidade e a estratégia, mantendo sempre o foco nas pessoas que servimos. O futuro do design pertence àqueles que conseguem ver além das suas disciplinas e criar soluções que inspiram e melhoram a vida de todos.

 

Artigo de opinião escrito por Gabriel Augusto.

Este artigo de opinião faz parte do eBook FLAG “Design em Perspetiva – As Múltiplas Facetas do Design” que reúne reflexões e ensaios de 14 profissionais que partilham as suas perspetivas sobre o papel do design na sociedade atual e futura.

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ebook DP posthor blog DO #FLAGvox | Da Resistência à Ação: Como o Design Thinking Humaniza a Transformação Digital

#FLAGvox | Da Resistência à Ação: Como o Design Thinking Humaniza a Transformação Digital

A adoção de tecnologias digitais para otimizar e facilitar o nosso trabalho, não é novidade: recordemos que o primeiro computador eletrónico digital (ENIAC) surgiu já lá vão mais de 75 anos. Então o que mudou? A velocidade da mudança, a “inteligência” e democratização das ferramentas. Vivemos hoje vários cenários do “Regresso ao Futuro” e adotamos novas tecnologias a um ritmo alucinante: o GPT 3.5, em apenas dois meses, conseguiu atingir 100 milhões de utilizadores ativos em todo o mundo, um feito que a Netflix demorou 10 anos a conquistar. Hoje temos “bots” que aprendem e respondem a dúvidas, óculos que criam realidades alternativas e ajudam a realizar operações cirúrgicas de elevada precisão, robôs humanoides que reforçam o staff de grandes indústrias, e temos computadores quânticos, que realizam cálculos 47 anos mais rápido do que um supercomputador.

 

A transição digital tornou-se inevitável e uma prioridade estratégica para os gestores de negócio: segundo a European Marketing Confederation, para este ano, os gestores de marketing estabeleceram a digitalização, implementação de martech e adoção de ferramentas de inteligência artificial, como o top das prioridades estratégicas. A digitalização acarreta várias oportunidades para as grandes, mas especialmente, para as PMEs: permite aceder a novos mercados; testar a viabilidade de novos negócios, a baixo custo; melhorar a experiência do cliente, através de informação em tempo real sobre os seus hábitos, gostos e desejos; antecipar cenários e tomar decisões mais fundamentadas; automatizar processos e, por isso, reduzir custos, entre outras.

Parece tudo fantástico, mas… quem por aí, perante o ritmo frenético de surgimento de novas tecnologias e ferramentas, todos os dias, se sente como o David arrastado pela avalanche de Golias? As oportunidades são muitas, mas os desafios também: este ano tive a oportunidade de participar em alguns eventos sobre transição digital nas PMEs, onde os participantes, fundadores e gestores de PMEs, quando questionados sobre os principais desafios sentidos neste processo de digitalização, nomearam como principais problemas: a resistência à mudança, a falta de literacia digital, a rapidez da mudança e excesso de ferramentas e, aquele que é muitas vezes mascarado como mau feitio, o medo dos colabores de serem substituídos.

Por outro lado, ainda temos as armadilhas onde caímos vislumbrados por todas estas novidades: começamos a integrar tecnologia, sem antes arrumarmos a casa! Sem sabermos qual é a nossa proposta de valor, sem conhecermos a jornada do cliente, as emoções, necessidades, dores e motivações das pessoas. Sabem o que é que os Google Glass e a TV 3D têm em comum? Falharam. Mas porquê? Tecnologia em primeiro, e depois as pessoas. Os Google Glass, para além de revelarem vários problemas de privacidade dos dados e imagens das pessoas, não conseguiram explicar a sua mais-valia, nem a necessidade a que davam resposta. O televisor 3D funcionava perfeitamente bem, o problema é que os fabricantes descuraram um dos pontos essenciais da jornada de experiência, os óculos 3D, que causavam desconforto ocular aos utilizadores. Estas soluções, e tantas outras inovações digitais, falharam pela mesma razão: falta de orientação para as pessoas. E é aqui que a abordagem de Design Thinking, pode ajudar.

O Design Thinking, também conhecido como Human-Centered Design Thinking surge como uma abordagem de resolução de problemas complexos, cujo diferencial é o facto de tudo começar com as pessoas, mais propriamente com a descoberta e compreensão profunda das suas necessidades, comportamentos e contextos.

Aplicando os preceitos do pensamento de design, o processo de transição digital deverá começar pelo levantamento e compreensão das necessidades e dores do sistema de pessoas impactado por estas mudanças: entenda-se por pessoas todos os stakeholders, sejam os acionistas (que irão suportar os custos), sejam os clientes (que irão usufruir dos resultados), sejam os fornecedores (com os quais podemos estabelecer parcerias), sejam, especialmente, os colaboradores, cujo dia-a-dia e forma de trabalhar será profundamente impactada pela introdução destas tecnologias.

Todas as mudanças são desconfortáveis, todos nós gostamos de conforto e previsibilidade. E tudo bem, é saudável termos momentos de estabilidade. No entanto, por vezes, deixamo-nos levar pela “máquina de lavar dos dias”, e vamos estagnando…se juntarmos a isto estruturas e culturas organizacionais muito verticais e com um estilo de liderança e comunicação fechado, temos a fórmula para uma mudança resistente. Começar este processo de transição por envolver as pessoas, dando-lhes voz, num ambiente de confiança e colaboração (esta parte é muito importante e implica mudar as entranhas da cultura organizacional), permite ir partindo essa rigidez, gerar recetividade e entusiasmo nas pessoas, e acima de tudo, estabelecer uma comunicação empática e transparente, onde as verdadeiras razões da resistência (e dos medos) são expostas e, por isso, passíveis de resolver, pela raiz. Para além da empatia e colaboração, o Design Thinking revela outros pilares de mindset que apoiam os processos de mudança, como a confiança criativa, experimentação e iteração contínua. Num contexto onde existe liberdade para experimentar e errar, as pessoas tendem a ser mais proativas na procura de alternativas para melhorar os processos, estando mais confortáveis em ambientes ambíguos e de mudança. Criar espaço para a realização de experimentos (mesmo que pequenos) e empoderar os colaboradores com (auto) confiança criativa promove um ambiente onde a experimentação e iteração rápida de soluções fazem parte da forma de trabalhar.

Assim sendo, em qualquer processo de transição, recomendo que se comece por observar as pessoas, os seus comportamentos e as suas rotinas de trabalho e por ouvir essas pessoas, com “olhos e ouvidos” de investigador, procurando descobrir as dores e a compreensão das mesmas. Criem a oportunidade para conversas francas, em segurança, onde exista espaço para a partilha sem julgamento. Por vezes ajuda, envolver um profissional externo, imparcial e sem bagagem. E por fim, para fazer face ao Golias esmagador das ferramentas, sugiro que promovam projetos de experimentação e teste de algumas soluções, de forma rápida e focada na resposta a problemas específicos. Comecem pequeno, por prototipar uma parte da solução e submetê-la a um ciclo curto de feedback em ambiente controlado. Assim, garantimos que tudo começa com as pessoas, e não com a tecnologia. A tecnologia é importante, aliás até faz parte das tais lentes da inovação. No entanto, esta deve servir as pessoas e não o contrário.

 

Artigo de opinião escrito por Dina Oliveira.

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ebook DP posthor blog CM #FLAGvox | Rir é a melhor ferramenta!

#FLAGvox | Rir é a melhor ferramenta!

Num mundo onde a tecnologia começa a tornar-se a protagonista, o design de interação é agora o veículo que a faz brilhar, muito para além do que é visível. Vamos mergulhar neste oceano de inovações, com um toque de humor, claro, porque rir é a melhor ferramenta, especialmente quando estamos a um passo de sermos controlados pelas nossas torradeiras.

 

A Inteligência Artificial e a Siri, a Eva da tecnologia

Primeiro, vamos falar sobre a inteligência artificial. Lembra-se quando a Siri surgiu e todos nós nos encantámos com a ideia de ter uma assistente pessoal no bolso? Bem, a Siri agora é apenas a ponta do iceberg. A IA está a evoluir de forma tão imediata que, em breve, ela não só nos vai lembrar de beber água, mas também sugerir qual água beber (com base nas nossas análises a que também tem acesso misteriosamente).

A verdade é que, atualmente, aplicações como o Google Maps e o Waze, que são essenciais para tantos no dia a dia, já nos ajudam a optar pelas rotas mais rápidas, avisando-nos sobre os acidentes ou condições da estrada e evitando, assim, engarrafamentos e maiores constrangimentos na viagem.

Neste caso o design é essencial e contribui para uma experiência mais intuitiva com uma comunicação simples e direta, uma vez que os elementos de distração na estrada devem ser minimizados.

Realidade Virtual e Realidade Aumentada: Quando a Realidade não é suficiente

A realidade virtual e a realidade aumentada estão a transformar as nossas vidas de uma forma que nem sabíamos ser possível. Com a RV, pode viajar para qualquer lugar do mundo sem sair do sofá, o que é ótimo, especialmente considerando os preços das viagens. “Viajar até Paris fica muito caro? Não se preocupe! Coloque os nossos óculos RV e suba a Torre Eiffel enquanto o seu gato destrói os cortinados e atira tudo ao chão.”

Nos EUA, por exemplo, já existem laboratórios, como a Osso VR, criados para que cirurgiões pratiquem procedimentos complexos de forma mais realista antes de os aplicarem em pacientes reais.

Já a RA transforma as nossas rotinas em verdadeiras aventuras. Já pensou em sair para ir correr e ver dragões a voar à sua volta? Parece divertido, até perceber que a padaria da esquina agora é uma fortaleza medieval e a sua missão é derrotar um troll para comprar a sua carcaça.

Por outro, voltando ao campo da saúde, esta tecnologia é usada, atualmente, para fornecer imagens 3D de órgãos e estruturas anatómicas durantes as cirurgias. É o caso da Microsoft HoloLens.

Aqui o design trabalha no desenvolvimento dessas imagens, em conjunto com a IA, e está também a contribuir, com grande peso, para o sistema de saúde a nível global.

Interfaces de Voz: Porque digitar é coisa do passado

As interfaces de voz estão a ficar tão boas que em breve conversaremos com os nossos dispositivos mais do que com os nossos amigos. “Alexa, como faço para terminar uma relação?” e “Google, por que é que o meu cão está a olhar para mim como se eu fosse um frango assado?” são perguntas que já estão na ponta da língua.

Vendo pelo lado positivo, é possível agora ir a um museu que utiliza interfaces de voz para o esclarecer em qualquer questão relacionada com o que está a ver e, até, disponibilizar descrições detalhadas sobre as peças para uma maior inclusão e acessibilidade.

O design tem aqui protagonismo no conteúdo modular disponibilizado pela interface com diferentes níveis de detalhe.

Wearable Devices: A moda da tecnologia

Os wearables estão cada vez mais populares. Roupas que vigiam a sua saúde, óculos que tiram fotos e relógios que o lembram de respirar (como se nos esquecêssemos). Em breve, até as nossas meias vão-nos lembrar de esticar as pernas e mexer os dedos dos pés.

Exemplo disso é o Oura Ring, um anel inteligente para monitoramento de saúde que usa feedback tátil e visual na app integrada para informar o utilizador sobre os seus níveis de atividade ou sono, sem que seja necessário olhar para um ecrã.

A relação entre design e wearables envolve o equilíbrio entre funcionalidade, conforto, estética e usabilidade.
Estes dispositivos precisam de ser eficientes tecnologicamente, confortáveis para o uso diário e, ao mesmo tempo, esteticamente agradáveis para serem usados como parte da vida quotidiana.
O design não é apenas sobre como eles funcionam, mas também sobre como se adaptam à vida e ao corpo humano de forma orgânica e significativa.

Conclusão: Rir é mesmo a melhor ferramenta

O design de interação está a avançar a passos largos, trazendo inovações que prometem transformar a nossa vida quotidiana numa série de momentos surpreendentes e, muitas vezes, surreais. Enquanto navegamos por este mar da tecnologia, é importante lembrarmo-nos de manter o bom humor e abraçar as mudanças com um sorriso (ou talvez uma gargalhada ocasional).

Ao designer cabe a tarefa de compreender o utilizador e as suas necessidades, tornando a sua experiência mais confortável e agradável.

Então, da próxima vez que o seu assistente virtual sugerir uma meditação ou quando o seu relógio o avisar que está sentado há muito tempo, lembre-se que o design vai estar lá para o apoiar e sorria. Afinal, estamos a viver no futuro e, convenhamos que, o futuro é um lugar bastante divertido!

 

Artigo de opinião escrito por Constança Mascarenhas.

Este artigo de opinião faz parte do eBook FLAG “Design em Perspetiva – As Múltiplas Facetas do Design” que reúne reflexões e ensaios de 14 profissionais que partilham as suas perspetivas sobre o papel do design na sociedade atual e futura.

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MC posthor blog Flag NOV24 1 Masterclasses exclusivas de edição única (Nov’24)

Masterclasses exclusivas de edição única (Nov’24)

Fica a conhecer as duas Masterclasses agendadas para o mês de novembro:

Dia 07 de novembro, das 19h00 às 22h00
:: “Economia Regenerativa aplicada à Construção de Marcas” by FLAG,
com Margo Pinto (Regenerative Brand Strategist).
Nesta Masterclass, vais aprender a integrar os princípios da economia regenerativa nas estratégias de branding e marketing, criando marcas que não apenas minimizam o impacto ambiental, mas também contribuem ativamente para a regeneração dos ecossistemas e comunidades.
Esta masterclass proporcionará uma compreensão de como as práticas regenerativas podem ser incorporadas para fortalecer a identidade e a lealdade da marca, alinhando os objetivos empresariais com a urgência da sustentabilidade global.

Dia 13 de novembro, das 19h00 às 22h00
:: “IA aplicada ao Design no Figma” by FLAG,
com Bruno C. Arantes (Product Designer).
Nesta Masterclass, vais aprender a usar a Inteligência Artificial do Figma (Figma’s AI) para criar rascunhos, animar protótipos, renomear layers, encontrar e substituir conteúdos e aplicar componentes aos projetos.

 

Estas Masterclasses decorrem em formato online e são gratuitas e exclusivas para alumni e atuais formandos.

Ao participares nestas Masterclasses, irás receber um badge digital (da Credly) para partilhares com a tua rede profissional online. Sabe mais sobre os nossos badges digitais aqui.

Se és formando ou alumni FLAG, terás a possibilidade de fazer a tua inscrição através do link que te será enviado via email.
Se não receberes o link para inscrição, entra em contacto connosco através do e-mail: querosabermais@flag.pt.

Consulta também a agenda de Masterclasses de outubro aqui.

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AO blog post hor RE #FLAGvox | A Formação Digital é Essencial Para a Inovação

#FLAGvox | A Formação Digital é Essencial Para a Inovação

Gabriel Augusto, Diretor da FLAG, explica porque a formação digital é essencial para o crescimento empresarial e empreendedorismo em Portugal.

O regresso à rotina laboral após o verão é o momento ideal para refletir sobre a importância da formação digital no desenvolvimento empresarial e no empreendedorismo em Portugal. Gabriel Augusto, Diretor Geral da FLAG, uma das principais empresas de formação do país, partilha a sua visão sobre o impacto da capacitação digital no tecido empresarial português, as tendências tecnológicas e a adaptação das empresas às novas exigências de mercado.

Em entrevista ao Empreendedor, Gabriel Augusto, destaca a importância da formação digital para o crescimento e competitividade das empresas portuguesas. Segundo o Diretor da FLAG a capacitação em áreas como Inteligência Artificial, Marketing Digital e Análise de Dados é fundamental para a adaptação ao mercado global e para promover a inovação contínua

A Transformação Digital como Pilar de Crescimento Empresarial

Num cenário empresarial cada vez mais competitivo e digitalizado, Gabriel Augusto sublinha a urgência da formação em literacia e competências digitais para a sobrevivência e crescimento das empresas. “A formação digital é essencial para a inovação e a otimização de processos empresariais. A capacidade de adaptação rápida e inovação contínua são cruciais para o sucesso a longo prazo,” afirma. A FLAG, com uma vasta experiência a trabalhar com empresas de diversos setores, tem assistido a uma crescente procura por formação em áreas digitais, o que reforça a importância desta capacitação, explica Gabriel Augusto.

Este esforço de modernização tecnológica vai além da adaptação, sendo um fator crucial para o aumento da eficiência operacional e para a criação de valor. “Ao equipar os colaboradores com as ferramentas e conhecimentos necessários para os desafios do mundo digital, as organizações melhoram a capacidade atração e retenção de talentos que valorizam ambientes dinâmicos e inovadores”, salienta.

Formação como Chave para a Inovação e Competitividade

Segundo Gabriel Augusto, a digitalização traz inúmeras vantagens, como a capacidade de analisar dados e ajustar estratégias de marketing e vendas, melhorando a eficiência das operações. “Aptidões como a análise de dados são transformadoras para as empresas. A FLAG aposta em áreas como Marketing Digital, UX/UI, Design Thinking e Inteligência Artificial, fundamentais para o sucesso empresarial,” destaca.

A formação contínua também tem um papel essencial na criação de uma cultura de inovação nas empresas. Gabriel afirma que, com equipas bem preparadas tecnologicamente, as empresas podem descobrir novas oportunidades de negócio, enfrentar desafios futuros e reter talentos valiosos. “A formação digital capacita as empresas a gerirem melhor as mudanças organizacionais e a adaptarem-se a um mercado em constante evolução,” acrescenta.

O Papel da Inteligência Artificial e das Tecnologias Emergentes

A Inteligência Artificial (IA) tem sido uma das áreas com maior impacto na transformação dos negócios nos últimos anos. Gabriel observa que a IA está a redefinir modelos de negócio e a revolucionar a capacidade de resposta das empresas. “Investir em formação em IA é crucial para as empresas que pretendem manter-se competitivas e inovadoras,” reforça.

Este foco no digital aplica-se tanto a grandes empresas como a pequenos empreendedores. “Todos devem estar aptos a lidar com a transformação digital, independentemente da dimensão do negócio,” afirma Gabriel. A FLAG oferece formação adaptada a todos os níveis, permitindo que os empreendedores portugueses se adaptem a um mercado globalizado e digital.

A Formação Digital e o Futuro das Empresas em Portugal

Com as pequenas e médias empresas (PMEs) a representarem 99% do tecido empresarial em Portugal, a formação digital é vital para aumentar a sua competitividade. “As empresas portuguesas estão mais conscientes de que precisam dominar as ferramentas digitais para competir globalmente,” comenta Gabriel. Ele sublinha que a transformação digital tem ajudado muitas empresas a melhorar os seus processos e expandir a sua presença internacional.

No entanto, Gabriel Augusto também destaca o desafio da retenção de talento em Portugal, uma vez que muitos profissionais capacitados acabam por seguir carreiras no estrangeiro. “Há um enorme potencial em Portugal, mas precisamos de criar condições para reter o talento e aproveitar ao máximo as competências adquiridas,” lamenta.

Adaptação da FLAG às Novas Exigências Tecnológicas

Com mais de três décadas de experiência, a FLAG tem-se destacado pela sua capacidade de antecipar tendências e adaptar a sua oferta formativa às necessidades do mercado. “Iniciámos a formação digital quando ainda era um nicho, e continuamos a inovar com formações presenciais e online que democratizam o acesso ao conhecimento,” refere Gabriel.

A oferta formativa da FLAG está alinhada com os desafios tecnológicos atuais, com cursos em áreas como Data Science, Marketing Digital e Programação, essenciais para o crescimento empresarial. “A nossa missão é qualificar e potenciar os formandos com conhecimentos que façam a diferença nas suas carreiras e no sucesso das suas empresas,” conclui Gabriel Augusto.

A formação digital é uma ferramenta estratégica indispensável para o futuro do empreendedorismo e das empresas em Portugal. Num mercado global cada vez mais competitivo e digitalizado, a capacidade de adaptação, inovação e resiliência só será possível através de um investimento contínuo em competências digitais. A FLAG, sob a liderança de Gabriel Augusto, continua a desempenhar um papel crucial na qualificação de profissionais e empresas, preparando-os para enfrentar os desafios do presente e do futuro com confiança e capacidade tecnológica.

 

Entrevista em: Revista do Empreendedor.

AO blog post #FLAGvox | Sustentabilidade social: O pilar esquecido do sucesso empresarial

#FLAGvox | Sustentabilidade social: O pilar esquecido do sucesso empresarial

Quando se fala de sustentabilidade nas organizações, o foco recai, quase sempre, sobre o impacto ambiental e as práticas ecológicas. No entanto, há um pilar igualmente essencial, mas frequentemente esquecido: a sustentabilidade social. Colocar as pessoas no centro das estratégias empresariais não é apenas uma questão de ética; é uma necessidade urgente para quem pretende prosperar a longo prazo.

A sustentabilidade social não é, contudo, apenas uma extensão da responsabilidade social corporativa. Trata-se de uma abordagem profunda e integrada, que começa na forma como as empresas tratam os seus colaboradores. Já parou para pensar em como a sua empresa está a tratar as pessoas que a fazem funcionar? Garantir condições de trabalho dignas, salários justos e oportunidades de crescimento são a base de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Quando as pessoas se sentem valorizadas, a lealdade e a motivação crescem. E esses são, sem dúvida, os alicerces sobre os quais se constrói o verdadeiro sucesso.

Um dos elementos essenciais de uma política de sustentabilidade social eficaz é o investimento contínuo na formação dos colaboradores, especialmente em iniciativas de reskilling e upskilling. Quando vivemos numa realidade em que as competências exigidas estão em constante mudança (considere, por exemplo, a integração crescente da inteligência artificial nas mais variadas funções), garantir que os colaboradores têm acesso a oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento é determinante. Mais do que preparar a força de trabalho para os desafios futuros, promove um ambiente em que todos se sentem valorizados e preparados para crescer dentro da organização. Com efeito, as organizações que investem na formação contínua aumentam a satisfação e a retenção de talentos, e reforçam a sua adaptabilidade e resiliência perante as mudanças do mercado.

Note-se que hoje as empresas são também responsáveis pelas condições de trabalho ao longo de toda a cadeia de produção, para além das suas práticas internas, tornando as abordagens socialmente sustentáveis ainda mais importantes nas cadeias de abastecimento globais. Desde fábricas em países em desenvolvimento até fornecedores locais, assegurar que todos os envolvidos são tratados com respeito e dignidade tornou-se uma obrigação. Ignorar este desafio é arriscar manchar a reputação da empresa de forma irreparável, com consequências diretas no seu desempenho financeiro.

Mas a sustentabilidade social vai além do ambiente de trabalho. A igualdade e a inclusão são pilares que nenhuma organização pode negligenciar. Um local de trabalho diversificado, onde pessoas de diferentes origens, géneros e idades se sentem valorizadas e incluídas, fomenta diretamente a inovação e reflete a própria sociedade em que a empresa opera. Diversidade e inclusão não são apenas valores éticos; são estratégias de negócio inteligentes que geram perspetivas únicas e resultam em produtos e serviços mais alinhados com as necessidades de um mercado global cada vez mais diversificado. Empresas que apostam na construção de equipas inclusivas estão, de facto, a posicionar-se para um sucesso sustentável a longo prazo.

E o papel das empresas nas comunidades? Esta relação deve ser encarada como uma parceria de valor mútuo. Investir em iniciativas que promovam a educação, a saúde e o desenvolvimento económico local melhora as condições de vida, reforçando a posição da empresa como um agente de mudança positiva. Esta ligação cria um ciclo virtuoso de valor partilhado que beneficia tanto a empresa como a sociedade em geral.

Para que estas práticas sejam verdadeiramente eficazes, é essencial que a sustentabilidade social seja vista como um pilar central da estratégia empresarial, e não apenas como uma resposta a pressões externas ou uma medida cosmética. Esta abordagem holística contribui para uma reputação sólida e duradoura, e para a criação de valor que transcende os resultados financeiros imediatos.

Portanto, é hora de agir. Se queremos um futuro onde as empresas prosperam, temos de começar por garantir que cada decisão estratégica coloca as pessoas em primeiro lugar. O sucesso duradouro não se constrói apenas com lucros, mas com um impacto social positivo que ecoa em toda a sociedade. As empresas têm a oportunidade – e a responsabilidade – de liderar pelo exemplo, promovendo práticas que beneficiem o bem comum, para além dos seus interesses próprios. Afinal, o verdadeiro sucesso não se mede apenas pelos resultados financeiros, mas pelo legado que deixamos no mundo.

 

Artigo de Opinião em: Executive Digest | Texto de: Gabriel Augusto

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Dia do Programador | Cursos com 15% de Desconto

O Dia do Programador, que em 2024 se celebra a 12 de setembro, é uma data dedicada a reconhecer e valorizar o trabalho dos programadores, profissionais essenciais para o desenvolvimento tecnológico e digital.

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AO blog post hor SAPO3 #FLAGvox | Reskilling e upskilling: A resposta à revolução digital no marketing e comunicação

#FLAGvox | Reskilling e upskilling: A resposta à revolução digital no marketing e comunicação

Se há um termo que define o cenário atual das organizações, é “transformação”. E, no epicentro desta transformação, encontram-se o Marketing e a Comunicação, departamentos que têm sido desafiados a reconfigurar as suas práticas e a adotar novas competências, especialmente em tecnologias digitais. Para isso, o reskilling e o upskilling tornaram-se indispensáveis, até mesmo para aqueles em posições de liderança.

Com o aparecimento quase diário de novas plataformas e abordagens de Marketing e Comunicação, dominar as últimas tendências digitais não é um mero “nice to have”, mas um requisito essencial​. Esta realidade sublinha a necessidade de uma requalificação constante. As empresas já não podem confiar apenas em métodos antigos e, por isso, têm adotado estratégias que garantam que os seus colaboradores, desde os quadros operacionais até aos altos cargos, acompanhem a evolução tecnológica.

O digital deixou de ser uma área confinada a especialistas; é transversal. O que significa isto para os profissionais de Marketing e Comunicação? Que precisam de uma nova mentalidade e de um conjunto de competências que abranja a análise de dados, a automação, o marketing de conteúdo e, claro, a inteligência artificial (IA). Segundo o relatório da HubSpot para 2024, 64% dos marketeers já utilizam IA, e 38% planeiam começar a utilizá-la ainda este ano, o que reforça a necessidade de todos, incluindo os líderes, estarem preparados para trabalhar lado a lado com estas novas ferramentas​.

A tendência para o reskilling e upskilling também é impulsionada por uma mudança nas prioridades das empresas. Por exemplo, com 85% dos marketeers a planear aumentar o investimento em vídeo em 2024 (de acordo com o estudo da Vidico), esta área ganha uma nova relevância, exigindo que os profissionais estejam não só familiarizados com estas estratégias, mas que também sejam capazes de liderar iniciativas que integrem conteúdo, tecnologia e criatividade de forma eficaz.

Apesar da necessidade urgente de reskilling e upskilling, as empresas enfrentam desafios significativos na implementação destes programas. Um dos principais obstáculos é o ritmo acelerado da mudança tecnológica, que pode tornar rapidamente obsoletos os conhecimentos adquiridos. Muitas organizações subestimam os recursos necessários para desenvolver e implementar programas eficazes de formação contínua. Um documento da Brand Vision Insights, recentemente publicado, revela que 69% das empresas identificam a formação e o desenvolvimento de competências como um dos maiores desafios para a adoção de IA no marketing. Além disso, a resistência cultural dentro das organizações pode dificultar a adoção de novas tecnologias especialmente entre colaboradores mais experientes que podem estar menos inclinados a abraçar a mudança.

A evolução contínua das ferramentas de IA promete alterar ainda mais o panorama das necessidades de formação nos próximos anos. À medida que estas ferramentas se tornam mais sofisticadas, com capacidades de automação e análise preditiva mais avançadas, as exigências de competências também vão mudar. Os profissionais de marketing terão de se adaptar a um ambiente onde a criatividade e a tomada de decisão estratégica estão cada vez mais integradas com as capacidades de IA, o que exige uma combinação única de pensamento crítico, literacia digital e agilidade na aprendizagem.

A implementação de programas de reskilling e upskilling não deve ser vista como uma tarefa pontual, mas como um processo contínuo. As tecnologias e as tendências evoluem a um ritmo que não permite pausas. As organizações que querem manter-se na vanguarda precisam de garantir que as suas equipas estão sempre um passo à frente, prontas para abraçar as mudanças que estão por vir.

À medida que o panorama do marketing e da comunicação continua a ser moldado pela tecnologia, não se trata apenas de adquirir novas competências, mas de adotar uma nova forma de pensar, onde a aprendizagem contínua se torna parte do ADN das organizações. Porque, no final, o verdadeiro sucesso será alcançado pelas empresas e profissionais que, não só acompanham a mudança, mas que a lideram. Portanto, é imperativo que líderes e equipas comecem desde já a planear e investir em programas de formação contínua, para garantir que estão preparados para os desafios e oportunidades que o futuro trará.

 

Artigo de Opinião em: maisM | Texto de: Gabriel Augusto

AO blog post hor MP2 #FLAGvox | A narrativa empresarial omnicanal

#FLAGvox | A narrativa empresarial omnicanal

Campanhas virais, influenciadores e conteúdos gerados pelo utilizador são agora componentes fundamentais de uma estratégia de marketing eficaz.

O marketing digital tem operado como uma autêntica metamorfose na narrativa empresarial em Portugal, ao modificar profundamente a forma como as empresas comunicam e mantêm a sua presença no mercado. Esta transformação, impulsionada pela mudança radical nas expetativas e comportamentos dos consumidores e pela evolução tecnológica, promoveu inicialmente uma substituição das estratégias tradicionais por abordagens digitais.

Contudo, num mundo em que a conectividade é omnipresente, ignorar a importância das estratégias ditas tradicionais em favor das digitais, ou vice-versa, seria um erro crasso.

A tendência crescente para as campanhas omnicanais, que integram múltiplos pontos de contacto com o consumidor, vem reforçar esta necessidade de uma abordagem híbrida. A jornada do utilizador raramente é linear e a sua atual experiência é fluida, pois atravessa inúmeras plataformas e dispositivos.

De acordo com a Salesforce, em 2023, cerca de 76% dos consumidores usaram múltiplos canais para realizar uma única compra. Este comportamento sublinha a importância de uma estratégia de marketing que seja capaz de os acompanhar em todos os momentos e em todos os lugares. E tal faz-se através de uma experiência coesa e harmoniosa entre o online e o offline.

Esta abordagem ‘phygital’ – fusão do físico com o digital – tem ganho terreno, refletindo-se nas abordagens das empresas. Um exemplo claro desta tendência é a utilização de apps móveis que não só facilitam a compra online como também melhoram a experiência de compra em loja, com a oferta de descontos exclusivos e recomendações personalizadas com base nas preferências do utilizador.

Os dados mais recentes mostram que os consumidores valorizam esta integração. Um relatório da PwC, também de 2023, revela que 59% dos consumidores nacionais preferem comprar marcas que oferecem uma experiência omnicanal consistente. Esta preferência é particularmente forte entre os ‘millennials’ e a geração Z, que são nativos digitais e esperam uma experiência de compra que se adapte às suas necessidades e comportamentos.

A ascensão das redes sociais como plataformas de marketing tem sido uma verdadeira mudança de jogo. Em Portugal, o número de utilizadores de redes sociais continua a crescer, atingindo os 8,7 milhões em 2023, segundo o Digital 2023 Global Overview Report da Hootsuite e da We Are Social.

Esta presença massiva nas redes sociais oferece às empresas uma oportunidade sem precedentes para se envolverem com o seu público de uma forma mais pessoal e direta. Campanhas virais, influenciadores e conteúdos gerados pelo utilizador são agora componentes fundamentais de uma estratégia de marketing eficaz.

No entanto, com grandes oportunidades vêm grandes responsabilidades. A transparência e a autenticidade tornaram-se pilares fundamentais na narrativa empresarial. Os consumidores de hoje são mais informados e exigentes, e não hesitam em expor práticas comerciais questionáveis. Por isso, as empresas devem ser genuínas e éticas na sua comunicação, construindo confiança e lealdade através da honestidade e do valor real.

O marketing digital, em Portugal, não só transformou a narrativa empresarial como também redefiniu a relação entre marcas e consumidores. A chave para o sucesso reside na capacidade de integrar harmoniosamente o digital com o físico, com a criação de experiências omnicanal que respondam às expetativas e necessidades de um consumidor cada vez mais exigente e interligado.

 

Artigo de Opinião em: Meios & Publicidade | Texto de: Gabriel Augusto